"SEM A CURIOSIDADE
QUE ME MOVE,
QUE ME INQUIETA,
QUE ME INSERE NA BUSCA,
NÃO APRENDO E NEM ENSINO".
PAULO FREIRE
QUE ME MOVE,
QUE ME INQUIETA,
QUE ME INSERE NA BUSCA,
NÃO APRENDO E NEM ENSINO".
PAULO FREIRE
Era uma vez uma formiguinha e uma
cigarra muito amigas.
Durante todo o outono a formiguinha
trabalhou sem parar a fim de armazenar comida para o período de inverno.
Não aproveitou nada do sol, da brisa
suave do fim da tarde e nem da conversa com os amigos ao final do expediente de
trabalho para tomar uma cerveja.
Seu nome e sobrenome eram trabalho.
Enquanto isso, a cigarra só queria saber
de cantar nas rodas de amigos, nos bares da cidade.
Não desperdiçou um minuto sequer, cantou
durante todo o outono, dançou, aproveitou o sol, curtiu para valer sem se
preocupar com o inverno que estava por vir.
Então, passados alguns dias, começou a
esfriar.
Era o inverno que estava começando.
A formiguinha exausta entrou em sua
singela e aconchegante toca, repleta de comida.
Mas, alguém chamava por seu nome do lado
de fora da toca e quando abriu a porta para ver quem era, ficou surpresa com o
que viu.
Sua amiga cigarra estava dentro de uma
Ferrari com um maravilhoso casaco de vison.
E a cigarra falou para a formiguinha:
- Olá, amiga, vou passar o inverno em
Paris.
Será que você podia cuidar de minha
toca?
E a formiguinha respondeu:
- Claro, sem problemas, mas o que aconteceu
que você está com esta Ferrari e vai para Paris?
No que a cigarra responde:
- Imagine você que eu estava cantando em
um bar na semana passada e um produtor gostou da minha voz e fechei um contrato
de seis meses para fazer shows em Paris.
A propósito, amiga, deseja algo de
lá?
A formiguinha respondeu:
- Desejo, sim, se você encontrar por lá
um tal de La Fontaine, mande ele tomar ...
Moral da história:
Aproveite sua vida, saiba dosar trabalho
e lazer, pois trabalho em demasia só traz benefício em fábulas do La Fontaine.
Era uma vez uma cigarra que vivia
saltitando e cantando pelo bosque, sem se preocupar com o futuro. Esbarrando
numa formiguinha, que carregava uma folha pesada, perguntou:
- Ei, formiguinha, para que todo esse
trabalho? O verão é para gente aproveitar! O verão é para gente se divertir!
- Não, não, não! Nós, formigas, não
temos tempo para diversão. É preciso trabalhar agora para guardar comida para o
inverno.
Durante o verão, a cigarra continuou se
divertindo e passeando por todo o bosque. Quando tinha fome, era só pegar uma
folha e comer.
Um belo dia, passou de novo perto da
formiguinha carregando outra pesada folha.
A cigarra então aconselhou:
- Deixa esse trabalho para as outras!
Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha, vamos cantar! Vamos dançar!
A formiguinha gostou da sugestão. Ela
resolveu ver a vida que a cigarra levava e ficou encantada. Resolveu viver
também como sua amiga.
Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha
do formigueiro e, ao vê-la se divertindo, olhou feio para ela e ordenou que
voltasse ao trabalho. Tinha terminado a vidinha boa.
A rainha das formigas falou então para a
cigarra:
- Se não mudar de vida, no inverno você
há de se arrepender, cigarra! Vai passar fome e frio.
A cigarra nem ligou, fez uma reverência
para rainha e comentou:
- Hum!! O inverno ainda está longe,
querida!
Para cigarra, o que importava era
aproveitar a vida, e aproveitar o hoje, sem pensar no amanhã. Para que construir
um abrigo? Para que armazenar alimento? Pura perda de tempo.
Certo dia o inverno chegou, e a cigarra
começou a tiritar de frio. Sentia seu corpo gelado e não tinha o que comer.
Desesperada, foi bater na casa da formiga.
Abrindo a porta, a formiga viu na sua
frente a cigarra quase morta de frio.
Puxou-a para dentro, agasalhou-a e
deu-lhe uma sopa bem quente e deliciosa.
Naquela hora, apareceu a rainha das
formigas que disse à cigarra: - No mundo das formigas, todos trabalham e se
você quiser ficar conosco, cumpra o seu dever: toque e cante para nós.
Para cigarra e paras formigas, aquele
foi o inverno mais feliz das suas vidas.
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