Nasceu nos fins do século XIX derivado das misturas entre as formas musicais dos imigrantes italianos e espanhóis, dos criolos e de um tipo de batuque dos negros chamando “Candombe”. O tango nasceu como expressão folclórica das populações pobres, oriundas de todas aquelas origens, que se misturavam nos subúrbios da crencente Buenos Aires.
O povo encarregava-se de improvisar letras picantes e bem humoradas para as músicas mais conhecidas. Em público, os homens dançavam com homens, pois naquele tempo era considerado vergonhoso a dança entre homens e mulheres abraçados.
Por volta de 1910 o Tango foi levado para Paris. A sociedade parisiense, da época em que as artes viviam o modernismo, ansiava por novidades e extravaganzas. O Tango tornou-se moda em Paris e, como Paris era o “carro chefe” cultural de todo o mundo civilizado, o Tango espalhou-se pelo resto do mundo.
Em 1917 começaram a surgir variantes do Tango. Uma delas, influenciada pelo romantismo françês, o Tango-Canção.
Nos cabarés de luxo da década de 1920, o tango sufreu importantes modificações. Os executantes já não eram os pequenos grupos que actuavam nas casas de prostituição, mas músicos profissionais que trouxeram o uso do piano e mais qualidade técnica e melódica.
A década de 1940 é considerada uma das mais felizes e produtivas do tango. Os profissionais que haviam começado nas orquestras dos cabáres de luxo da década de 1920 estavam no auge do seu potencial. As letras do tango passaram a ser mais líricas e sentimentais, a antiga temática das casas de prostituição e cabáres, de violencia e obscenidades1, era uma mera reminiscência2.
O tango mescla3 o drama, a paixão, a sexualidade, a agressividade, é sempre e totalmente triste. Nas letras é quase sempre o homem quem sofre por amor, mas a culpa é sempre da mulher.
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